terça-feira, 26 de maio de 2009

A Marselhesa Brasileira


A “Marselhesa brasileira” era a musica de Geraldo Vandré, proibida pela censura, mas quem proíbe aquilo que invade a mente e o coração?
Os jovens caminhavam e cantavam, seguindo o ritmo da mudança, buscando a igualdade mesmo que seus braços estejam juntos, ou não. Em todos os lugares, suportando as dores, os desaparecimento, com a arte, a musica que estancava um pouco essa dor. Chamavam uns aos outros, na busca pelo saber, fazendo ou mesmo tentando fazer a hora da mudança, não esperando que isso tudo, do nada acontecesse. Viam ainda as flores que podiam encontrar, tendo-as como um sopro de esperança, esperança de usá-las como armas, vencendo os grandes canhões, as chuvas de tiro, fazendo a própria hora, o próprio momento. Convivendo em todos os momentos com soldados armados, ensinados a morrer pela pátria com uma vida sem razão, matar sem razão, torturar sem razão, e eles esperavam, esperavam aquilo o que os jovens buscavam. Calados! Calados! Que fiquem calados, ou que nos de sua própria vida, assim era a ditadura, mas a certeza do futuro, com a historia nas mãos, aprendendo pela dor e ensinando pelo amor, pela luta, uma luta limpa, uma luta ideológica, pois como dizia Victor Hugo: “Podemos resistir à invasão de exércitos, mas não à invasão de idéias”.
“Nós estávamos dispostos a morrer, e morremos”
(César Queirós Benjamin, Cesinha apud VENTURA, 1989, p.43).

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