
Aproximadamente a um mês atrás, um amigo de longa data me veio com uma idéia de que no sábado seguinte eu não poderia perder o CAMBÖ! Que coisa maluca pensei, o que será isso? Por alguns contratempos acabei não indo, e fiquei naquela curiosidade, sabe aquela bem feminina, que é um dom apenas nosso.
Novo Convite, Nova data, a galera antenada só falava no tal do CAMBÖ! Só para explicar o que você deve estar se perguntando, O que é esse tal de CAMBÖ?
Pois Bem, a resposta: CAMBÖ, não é uma coisa só, CAMBÖ é: Samuel Lupião - Bateria, Percussão e Vocal, Rafa Fuca - Baixo, Pandeiro,André Ramos - Guitarra,Dalua - Flauta Transversal, Violão, Viola e Voz e Douglaz Eleutério - Violão, Percussão e Voz...
Explicado? Espero que sim, mas pra mim, foi só mais uma pulguinha colocada atrás da orelha e lá fomos nós pro Espaço Artaud,onde Celebreiros não faltam!
Claro que com tanta curiosidade não estava sozinha, e de repente....CAMBÖ!
Os queixos não foram ao chão pq sabemos que é pura expressão popular!
Um som que contagiava todo mundo, a menininha lá de trás logo gritou, Não Para, com vozinha angelical, achei bárbaro, porém, a nossa atenção estava voltada ao nosso amigo mais recente, o que levamos esperando um susto ou um levantar repentino, e no mais, BÁRBARO!-nosso amigo acrescentou...
E daí foi um embolado de samba,reggae,blues,rock,percussão,ciranda,poesia e o mais, mais do show a espontaneidade desses meninos/homens, cada um no brilhar de sua idade, com uma técnica digna de Hendrix, para não falar da nossa réplica caiçara do mesmo, que você só conhece assistindo!
CAMBÖ...é o princípio, e só pode mesmo ser o príncipio de tudo que ainda vem por aí.
O conforto foi imenso, suspiros e sorrisos, nossa cidade ainda esconde tesouros que a maldição do cunhambebe não atingiu!
Já vi muita música e arte no meu caminho, mas esse show me deixou realmente extasiada, a vontade era pular da cadeira e ocupar os corredores em volta, o que era nítido em todos os pé lá presentes.
A mistura se fez tão bela e homogênea, que natureza, a liberdade e a paixão por tudo que ali apresentavam era contagiante.
Daluá, que a mestra Marilena diz não ser daqui, achamos mesmo não ser, sua voz se iguala a rajadas de vento que adentra nossos ouvidos e nos guia ao espaço sideral, na companhia da doçura de sua flauta,Douglaz Eleutério não fica distante com sua irreverência e espontaneidade,além da voz rasgada à la Chico Science,o Rafael Fuca não deixa por menos no contágio que nos proporciona seu contra-baixo e na euforia com que ginga seu pandeiro,o mais tímido segundo nos foi dito Samuel Lupião, transforma cada toque em sua bateria em melodia e marcação,guiando o contexto da alegre "brincadeira" que contém tanta seriedade que encanta e por fim,André Ramos que conversa tão harmoniosamente com sua guitarra que a mesma dá a impressão de possuir vida própria, esse é o CAMBÖ, mais uma invenção 100% caiçara que veio para abalar a estrutura e criar um novo conceito musical na Terra que diferente do que muitos pensam, tem solo fértil para se plantar aquilo que se é regado com determinação e muito talento!
Parabéns pela iniciativa!
palavras doces, tudo que rolou foi só o reflexo da energia que veio dos espectadores...
ResponderExcluir... valeu Sofia, no próximo quer vc no palco recitando uma poesia sua...
bjs no coração